Agora isso é óbvio para mim, mas não era até o começo desse ano. Infelizmente, vejo muita gente, inclusive graúda, fazendo o mesmo.
“Sou conservador nos costumes e liberal na economia”.
Eu já devo ter escrito isso umas duas ou três vezes em comentários no Facebook e falado numas outras tantas oportunidades. Que merda…
Deixa eu explicar o meu raciocínio e isso ficará claro como cristal. Relaxa, você não precisará de uma grande reflexão para entender. Digo mais, eu acredito que só erramos isso por repetir sem pensar um tiquinho sobre…
Vamos lá, qual é o sentido de um conservador falar que é “liberal na economia”?
Vou trazer aqui uma definição, para fins didáticos, do livro “As ideias conservadoras explicadas a revolucionários e reacionários” do João Pereira Coutinho.
“Ser conservador é preferir o familiar ao desconhecido, o testado ao nunca testado, o fato ao mistério, o atual ao impossível, o limitado ao ilimitado, o próximo ao distante, o suficiente ao abundante, o conveniente ao perfeito, o riso presente à felicidade utópica”.
Para ser justo, roubei essa definição de um artigo do Senso Incomum. Por sinal, devore esse site!
Presta atenção!
Pensa comigo…
Desde quando o conservador vai preferir uma economia de estado no lugar de uma economia de mercado?
Entendeu o meu ponto? Se não, continue lendo…
As pessoas falam “liberal na economia” para não serem vistas como estatizantes. No fundo, no fundo, para não serem vistas como semelhantes aos comunistas.
Ué, mas se os conservadores preferem o testado, o que funciona, o possível, qual o sentido em dizer que é “liberal na economia”? Falar que é conservador leva junto no pacote a crença numa economia de mercado. Obviamente, não da maneira liberteen do MBL, mas considerando um contexto mais amplo e pé no chão.
Sério, vamos parar com essa de “liberal na economia”. Como o Olavo diz, atrás de um liberal… você sabe o resto!
Hey, olavete!
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