Descubra os 5 Livros Favoritos de Woody Allen – O Quarto é Brasileiro

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Descubra os 5 Livros Favoritos de Woody Allen – O Quarto é Brasileiro

Redação Olavete
Escrito por Redação Olavete em 24 de maio de 2024
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Woody Allen, renomado cineasta e escritor, não é apenas conhecido por suas obras cinematográficas, mas também por seu profundo apreço pela literatura.

Ao longo de sua vida, diversos livros marcaram sua trajetória pessoal e profissional, influenciando sua visão artística e suas criações.

Anos atrás, Allen compartilhou suas cinco obras literárias favoritas em uma lista publicada pelo The Guardian.

Neste artigo, exploramos essas obras, destacando como cada uma delas ressoou com Woody Allen, contribuindo para sua formação intelectual e criativa.

Vamos mergulhar nas páginas que moldaram a mente de um dos cineastas mais icônicos do nosso tempo.

O Apanhador no Campo de Centeio por JD Salinger (1951)

“O Apanhador no Campo de Centeio” narra as aventuras de Holden Caulfield, um adolescente rebelde que vaga por Nova York após ser expulso de uma escola preparatória.

O livro explora temas de alienação, identidade e perda da inocência, capturando a essência da juventude na década de 1950.

Para Woody Allen, a obra teve um significado especial, pois ele o leu aos 18 anos, uma idade de descobertas e fantasias sobre Manhattan e Nova York.

A leitura foi um alívio em meio a outros livros que lhe pareciam uma obrigação escolar.

Allen encontrou prazer genuíno na leitura de Salinger, diferentemente de obras como “Middlemarch” ou “Educação Sentimental”, que ele considerava trabalho.

Allen aprecia como a escrita de Salinger é acessível e envolvente, com uma atmosfera que lhe traz grande ressonância emocional.

Ele relembra como “O Apanhador no Campo de Centeio” se destacou por ser divertido, com uma linguagem familiar e uma ambientação que lhe tocou profundamente.

A obra proporcionou a Allen uma experiência literária que ele descreve como pura diversão, um contraste bem-vindo com suas outras leituras da época.

Really the Blues por Mezz Mezzrow e Bernard Wolfe (1946)

“Really the Blues” é uma autobiografia de Mezz Mezzrow, um músico de jazz, que narra suas experiências no mundo do jazz americano.

Escrito em colaboração com Bernard Wolfe, o livro oferece um retrato vívido da cena musical dos anos 1920 e 1930, repleto de histórias sobre músicos lendários e clubes de jazz icônicos.

Para Woody Allen, que estava aprendendo a tocar clarinete de jazz na época, “Really the Blues” teve um impacto significativo.

O livro alimentou sua paixão pelo jazz e ofereceu uma visão interna do mundo musical que ele tanto admirava.

Apesar de saber que muitas histórias no livro eram apócrifas, Allen foi profundamente cativado pelas descrições das vidas e ambientes dos músicos de jazz.

Allen reconhece que “Really the Blues” não é uma obra rigorosamente precisa ou honesta, mas ainda assim, considera o livro fascinante e divertido.

Ele valoriza a maneira como Mezzrow e Wolfe capturaram a essência do jazz e as personalidades envolvidas, proporcionando uma leitura envolvente para qualquer amante do gênero.

O impacto do livro em sua formação musical e a alegria que ele encontrou em suas páginas são evidentes, mesmo com as liberdades criativas dos autores.

O Mundo de SJ Perelman (2000)

“O Mundo de SJ Perelman” é uma coletânea das obras de SJ Perelman, um dos humoristas mais brilhantes e inovadores do século XX.

A compilação abrange diversos textos de Perelman, organizados cronologicamente, mostrando a evolução de seu estilo humorístico ao longo dos anos.

Woody Allen considera SJ Perelman o humorista mais engraçado de sua vida, seja em stand-up, televisão, teatro, prosa ou cinema.

Perelman teve uma influência profunda no senso de humor de Allen, moldando sua própria abordagem à comédia.

A admiração de Allen por Perelman é evidente, pois ele escreveu o prefácio desta coletânea, destacando a importância da obra para ele e para outros comediantes.

Allen nota que os primeiros textos de Perelman são um pouco mais selvagens e menos sutis, mas à medida que o autor se desenvolve, sua escrita se torna excepcionalmente brilhante.

A partir do quinto ensaio na coletânea, Perelman atinge seu auge, criando peças de humor que Allen considera genuinamente geniais.

Para aqueles que cresceram com Perelman, sua influência é inegável, e Allen celebra a criatividade e a originalidade imbatíveis de seu estilo.

A coletânea “O Mundo de SJ Perelman” é, para Allen, um tesouro de comédia e um testemunho do impacto duradouro de Perelman na literatura e no humor.

Memórias Póstumas de Brás Cubas por Machado de Assis (1880)

“Memórias Póstumas de Brás Cubas” é um romance inovador de Machado de Assis, narrado pelo protagonista Brás Cubas após sua morte.

O livro explora temas como a hipocrisia, a vaidade e a natureza humana, utilizando um tom satírico e uma narrativa não linear.

Woody Allen foi surpreendido ao receber este livro pelo correio de um estranho do Brasil, que garantiu que ele iria gostar da obra.

Intrigado pela sua extensão, Allen leu o livro e ficou maravilhado com o charme e o humor de Machado de Assis.

A modernidade da escrita e a originalidade da narrativa impressionaram Allen, que não conseguia acreditar que o livro havia sido escrito no século XIX.

Allen compara “Memórias Póstumas de Brás Cubas” a “O Apanhador no Campo de Centeio” devido à sua ressonância emocional e ao tratamento de temas que ele aprecia.

Ele elogia a ausência de sentimentalismo na obra de Machado, apreciando a combinação de grande originalidade e inteligência.

A forma como Machado aborda assuntos sérios com leveza e humor encantou Allen, que considera o livro uma peça muito original e divertida.

“Memórias Póstumas de Brás Cubas” ressoou profundamente com Allen, tornando-se uma de suas leituras favoritas por sua engenhosidade e estilo único.

Elia Kazan: Uma Biografia por Richard Schickel (2005)

“Elia Kazan: Uma Biografia” é uma detalhada biografia escrita por Richard Schickel, que explora a vida e a carreira de Elia Kazan, um dos diretores mais influentes do século XX.

O livro oferece uma análise profunda do trabalho de Kazan, suas colaborações com figuras icônicas como Tennessee Williams e Marlon Brando, e seu impacto no cinema e no teatro.

Para Woody Allen, Elia Kazan foi uma figura crucial durante sua formação como cineasta.

A biografia de Schickel, com sua escrita brilhante e percepção aguçada, trouxe à tona aspectos de Kazan que ressoaram profundamente com Allen.

Ele encontrou na obra uma fonte rica de insights sobre o mundo do cinema e do teatro, além de uma compreensão mais profunda dos desafios e triunfos de Kazan.

Allen considera “Elia Kazan: Uma Biografia” o melhor livro sobre show business que já leu, elogiando a profundidade e a vivacidade da escrita de Schickel.

Ele aprecia como Schickel captura a essência de Kazan, bem como das personalidades e obras teatrais e cinematográficas com as quais ele esteve envolvido.

Allen destaca que, independentemente das controvérsias políticas que cercam Kazan, o livro enfatiza seu talento e contribuições significativas para as artes.

A biografia se distingue das típicas obras superficiais sobre show business, oferecendo uma análise perspicaz e informativa que Allen considera essencial para qualquer entusiasta do cinema.

“Elia Kazan: Uma Biografia” é, para Allen, uma leitura indispensável que celebra a genialidade de Kazan e ilumina sua importância duradoura na história do cinema.

Conclusão

As cinco obras favoritas de Woody Allen nos oferecem um vislumbre íntimo de suas influências literárias e de como elas moldaram sua visão artística e pessoal.

De “O Apanhador no Campo de Centeio”, que ressoou com suas fantasias juvenis sobre Nova York, a “Really the Blues”, que alimentou sua paixão pelo jazz, cada livro desempenhou um papel significativo em sua vida.

A admiração de Allen por SJ Perelman é evidente em sua apreciação por “O Mundo de SJ Perelman”, onde ele encontra inspiração para seu próprio estilo humorístico.

“Memórias Póstumas de Brás Cubas” de Machado de Assis surpreendeu e encantou Allen com sua modernidade e originalidade, destacando a universalidade dos grandes clássicos.

Por fim, “Elia Kazan: Uma Biografia” não apenas aprofundou seu conhecimento sobre um de seus diretores favoritos, mas também reafirmou a importância de Kazan no mundo do cinema.

Estas obras literárias não são apenas leituras favoritas de Woody Allen; elas são pilares que sustentam e influenciam sua carreira criativa.

Ao explorar estas leituras, ganhamos uma compreensão mais profunda das inspirações e motivações de um dos cineastas mais icônicos do nosso tempo.

Que essas recomendações possam inspirar você, leitor, a explorar novas páginas e encontrar nelas a mesma ressonância e prazer que Woody Allen encontrou.

Sinta-se encorajado a compartilhar suas próprias leituras favoritas e refletir sobre como elas impactaram sua vida.

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