A reescrita de livros clássicos para remover conteúdo considerado “ofensivo” aos leitores atuais tornou-se algo cada vez mais comum.
Essa prática, uma forma de censura velada, priva as gerações futuras do acesso às ideias e aos valores das épocas passadas, reescrevendo a história e ocultando o contexto e as intenções originais dos autores.
No entanto, sem os detentores dos direitos perderem os royalties das vendas e nem os assuntos censurados gerarem tanta discussão quanto numa proibição, o que faz esse método sutil ser visto, por muitas pessoas, como mais perverso.
Aqui está uma lista de livros que passaram por alterações:
- “Charlie e a Fábrica de Chocolate“, “As Bruxas” e outras obras de Roald Dahl: A editora Puffin Books, divisão da Penguin Random House, anunciou a realização de centenas de alterações nos livros de Roald Dahl para torná-los mais “adequados” aos leitores atuais.
- A série James Bond, de Ian Fleming: As edições comemorativas dos romances de espionagem de Ian Fleming foram lançadas com algumas referências raciais removidas para celebrar o 70º aniversário de “Cassino Royale”, o primeiro livro da série.
- A série Doutor Dolittle, de Hugh Lofting: Desde a década de 1960, edições dos livros de Hugh Lofting começaram a ser publicadas com linguagem e elementos de enredo considerados ofensivos revisados ou completamente removidos.
- “As Aventuras de Huckleberry Finn“, de Mark Twain: Este clássico da literatura americana enfrenta polêmicas há muito tempo devido à linguagem racialmente insensível presente na obra. Em 2011, uma nova edição do livro foi publicada com a palavra “n—-r” substituída por “escravo” em todas as suas 219 ocorrências.
- Além de: os livros de Agatha Christie, “E o Vento Levou” de Margaret Mitchell, “O Mágico de Oz” de L. Frank Baum, algumas edições de “As Crônicas de Nárnia” de C.S. Lewis e também do “Paraíso Perdido” de John Milton.
Caso você saiba de outras obras que estão em processo de reescrita censurada, deixe um comentário para atualizarmos essa lista.
FOTO: Ian Fleming com Sean Connery na gravação de um dos primeiros filmes do James Bond.
Hey, olavete!
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Valeu Olavete, o revisionismo da história está cada vez mais acelerada e, mais à ideologia de gênero, linguagem neutra, do politicamente correto, e agora, o “ódio de bem” estão conflagrando uma guerra híbrida (5ª geração) em demover toda e qualquer verdade apodítica e opinião contrária às narrativas e discursos escabrosos, abstratos, subjetivos de tão erísticos/sofista quanto aos fins desejados pela intelligentzia (Think Thank Global-socialistas). Parabéns pela informação correta e digna de divulgação. Abs
Isso me lembra o livro 1984. Estão reescrevendo obras clássicas que são clássicas por vários motivos e o texto íntegro, tal qual foi escrito é um deles.
As obras de Monteiro Lobato agora estão sendo “anotadas”, para evitar ferir determinados grupos
Esclarecedor.
Eu acho um absurdo toda está sensura velada, o engraçado que não sensura as músicas do funk que transformam as mulheres em objeto sexual, tirando a humanidade das mesmas as transformando e meros objetos..
As obras de H.P Lovecraft tbm estão sendo censuradas. Isso é uma falta de respeito com o autor e sua obra. O contexto era outro. Era outra época.
Lamentável está se seguindo dentro do que Baumann chamou de “sociedade líquida”, uma tal pensamento amorfo do “politicamente correto”! Lástima só! É querer fatos e outros acontecimentos que marcaram a história da humanidade até o Século XXI! Daqui a pouco vão querer mexer até nos escritos sagrados da Bíblia! Beira a cabal liquidez imediata do atual pensamento humano…