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Os 125 livros que fizeram a cabeça de Olavo de Carvalho

Robson Pereira
Escrito por Robson Pereira em 21 de maio de 2021
Os 125 livros que fizeram a cabeça de Olavo de Carvalho
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Numa versão antiga de seu site, o professor Olavo de Carvalho publicou uma lista dos livros que fizeram sua cabeça. Segundo ele, são obras que não se pautam pela importância história, mas sim pelo valor estratégico do ponto de vista do sentido da vida.

Como o Olavo disse:

“Ela só quer ter utilidade para você, meu amigo, minha amiga, que, como eu, não têm outra ambição senão a de educar-se a si mesmos e chegar a compreender alguma coisa. Vocês, que não têm nenhum projeto de mundo, são no entanto a única esperança do mundo – de um mundo que vai sufocando sob a mão de ferro dos que se julgam habilitados a moldá-lo à sua imagem e semelhança.”

Sem mais, aproveite a lista!

Santo Agostinho

Confissões

É uma obra profundamente introspectiva e espiritual em que Santo Agostinho narra sua vida antes e depois de sua conversão ao cristianismo. Mais que uma simples autobiografia, a obra é uma meditação sobre a natureza do tempo, a memória, o desejo humano e a busca pela verdade divina.

A Cidade de Deus

É uma das obras mais influentes da filosofia cristã e da teologia política. Agostinho escreve em resposta à alegação de que a queda de Roma foi devida ao abandono do paganismo. Ele delineia duas cidades, a “Cidade de Deus” e a “Cidade dos Homens”, e analisa a história humana como uma luta entre essas duas realidades.

Aristóteles

Metafísica

É uma obra-chave na filosofia de Aristóteles, focada na exploração e explanação dos conceitos fundamentais da realidade, como ser, substância, essência, potencialidade e atualidade. Ela tem um papel fundamental na formação da filosofia ocidental.

Física

Aborda o estudo da natureza e os princípios fundamentais do mundo natural. Aristóteles combina observação e lógica para formar teorias sobre movimento, mudança, tempo e o infinito.

Da Alma

É onde Aristóteles introduz suas teorias sobre a natureza da alma, incluindo sua famosa definição de alma como a “forma primeira” de um corpo natural que possui vida em potencial.

Ética a Nicômaco

É uma das mais importantes obras éticas de Aristóteles, na qual ele desenvolve sua virtude de ética, apresentando a ideia de que a virtude é um meio-termo entre os excessos e as deficiências, e que a vida boa é alcançada através do cultivo de um caráter virtuoso.

Política

É uma extensa exploração de comunidades humanas, onde Aristóteles estuda os diferentes sistemas políticos e estruturas sociais e explora qual deles é mais propenso a levar os cidadãos à virtude e à felicidade.

Nikolai Berdiaev

Cinco Meditações sobre a Existência

É uma obra profunda onde Berdiaev explora o significado e o propósito da existência humana. Ele discute temas como liberdade, criatividade, sofrimento e a luta entre o bem e o mal, enfocando na centralidade da liberdade para o ser humano.

Espírito e Realidade

Destaca a tensão entre o mundo espiritual e o mundo material. Berdiaev argumenta que a realidade não é apenas material, mas também espiritual e essa visão abrange sua filosofia do ‘novo ser’ centrada em Cristo.

Ensaio de Autobiografia Espiritual

É um relato vívido e introspectivo da jornada espiritual de Berdiaev. Nessa obra, ele descreve sua conversão do marxismo ao cristianismo ortodoxo russo, discutindo as experiências e ideias que moldaram sua filosofia pessoal.

Georges Bernanos

Diário de um Pároco de Aldeia

É um dos mais conhecidos romances de Bernanos. A obra é escrita na forma de um diário mantido por um jovem pároco em uma paróquia rural francesa. O livro explora a profunda crise de fé do pároco e suas reflexões sobre a graça e o pecado, o bem e o mal, e a esperança e o desespero.

A Impostura

É uma crítica mordaz de Bernanos à hipocrisia e à falsidade que ele percebia na sociedade contemporânea. A história segue um ambicioso clérigo cuja ambição e falta de autenticidade espiritual o levam a um caminho de destruição moral.

O Grande Medo dos Bem-Pensantes

É uma análise lúcida da conformidade social e moral e seus perigos. Bernanos desafia a complacência dos chamados ‘bem-pensantes’, argumentando que eles têm medo de enfrentar a verdade sobre si mesmos e o mundo ao seu redor.

Os Grandes Cemitérios sob a Lua

É uma denúncia apaixonada da violência e da brutalidade da Guerra Civil Espanhola. Baseado em suas próprias experiências e observações, Bernanos critica a violência perpetrada tanto pelos republicanos quanto pelos nacionalistas e questiona o silêncio da Igreja sobre as atrocidades.

Liberdade para quê?

É uma reflexão filosófica e política de Bernanos sobre o conceito de liberdade. Ele explora o significado verdadeiro da liberdade, argumentando que ela deve ser entendida não apenas como uma ausência de restrições, mas como uma capacidade para agir de acordo com a moral e a consciência.

William Blake

O Casamento do Céu e do Inferno

Escrito entre 1790 e 1793, “O Casamento do Céu e do Inferno” é uma das obras mais provocadoras e influentes de William Blake. O livro é uma combinação única de poesia e prosa, onde Blake desafia as convenções religiosas tradicionais e moralistas, promovendo em vez disso uma união entre opostos, como o bem e o mal, ou o céu e o inferno. Usando alegorias e símbolos vívidos, Blake articula sua própria visão de moralidade e espiritualidade, defendendo a liberdade individual e a imaginação criativa.

O Livro de Jó

Embora o “Livro de Jó” seja um livro da Bíblia, a contribuição de William Blake a este texto é uma série de gravuras intensamente expressivas criadas entre 1805 e 1810. Essas ilustrações não apenas visualizam a história bíblica de Jó, um homem justo que enfrenta sofrimentos inimagináveis, mas também refletem as preocupações e interpretações teológicas profundas de Blake. As imagens são poderosas, evocando a luta do homem com a fé, o destino e a natureza divina.

Léon Bloy

Exegese dos Lugares-Comuns

“Exegese dos Lugares-Comuns” é uma coletânea crítica de Léon Bloy sobre clichês e frases feitas da sociedade de sua época. Publicado pela primeira vez em 1902, o livro é uma sátira mordaz dos preconceitos burgueses e da mediocridade intelectual. Bloy, com sua prosa afiada, desmantela as platitudes e os lugares-comuns, expondo a superficialidade e a hipocrisia da sociedade moderna.

O Desesperado

Uma das obras mais notáveis de Léon Bloy, “O Desesperado” é uma autobiografia ficcional que mergulha nas profundezas da fé, do desespero e da busca por significado. A narrativa segue a vida de um protagonista que, como Bloy, luta com sua fé católica em um mundo que ele percebe como caído e corrompido. Através deste relato intenso e muitas vezes perturbador, Bloy explora temas de redenção, sacrifício e transcendência.

Meu Diário

“Meu Diário” é uma coletânea de reflexões, pensamentos e observações de Léon Bloy ao longo de sua tumultuada vida. É uma janela para a alma do autor, revelando suas paixões, suas lutas internas e sua busca incessante por Deus. O diário é ao mesmo tempo uma crônica de sua vida cotidiana e uma profunda meditação sobre questões espirituais, tornando-se uma leitura essencial para quem deseja entender a mente e o coração deste escritor católico singular.

Eugen von Böhm-Bawerk

Capital e Juros

Publicado pela primeira vez no final do século XIX em três volumes, este trabalho é fundamental para a teoria do capital e da formação de juros. Böhm-Bawerk refuta as teorias do juro vigentes, propondo sua própria explicação, que se tornou central na Escola Austríaca de Economia. Ele argumenta que os juros não surgem da exploração, como afirmado por Marx e outros teóricos socialistas, mas sim do fenômeno da “preferência temporal”. Em outras palavras, as pessoas valorizam o consumo imediato mais do que o consumo futuro, e é esse diferencial que origina os juros. A obra também aborda a natureza e função do capital, destacando sua importância na produção. “Capital e Juros” é uma leitura essencial para qualquer pessoa interessada na história do pensamento econômico e nas fundações da economia austríaca.

Luiz Vaz de Camões

Otto Maria Carpeaux

Gilbert K. Chesterton

Clemente de Alexandria

  • O Pedagogo
  • Tapeçarias

Samuel Taylor Coleridge

Joseph Conrad

  • Nostromo
  • A Chance
  • O Agente Secreto
  • Lorde Jim

Ananda K. Coomaraswamy

  • A Farsa da Alfabetização
  • A Doutrina do Sacrifício
  • Tempo e Eternidade

Dante Alighieri

  • A Divina Comédia

Joseph de Maistre

  • Noitadas de S. Petersburgo
  • Considerações sobre a França

Fiódor Dostoiévski

Friedrich Dürrenmatt

  • A Promessa

Julius Evola

  • A Tradição Hermética

Mário Ferreira dos Santos

  • Filosofia Concreta
  • A Sabedoria dos Princípios
  • Pitágoras e o Tema do Número

Viktor Frankl

Gilberto Freyre

  • Casa Grande & Senzala

Northrop Frye

Anatomia da Crítica

Uma das obras-primas da crítica literária do século XX, “Anatomia da Crítica” é a tentativa de Northrop Frye de formular um framework sistemático para a crítica literária. Ao invés de analisar obras literárias em isolamento, Frye propõe quatro modos de representação — mítico, romântico, mimético e irônico — que correspondem a diferentes fases da história literária e diferentes formas de compreensão humana. Ao fazer isso, ele tenta mapear o vasto território da literatura e suas inter-relações, identificando padrões e arquétipos recorrentes. “Anatomia da Crítica” é conhecida por sua abordagem estruturalista, estabelecendo categorias e sistemas que pretendem ser universais e atemporais.

O Grande Código

Em “O Grande Código: A Bíblia e a Literatura”, Northrop Frye explora as conexões profundas entre a Bíblia e a tradição literária ocidental. Para Frye, a Bíblia não é apenas um texto religioso, mas também um texto literário que tem influenciado profundamente a literatura e a cultura ocidentais. Ele argumenta que a Bíblia fornece uma espécie de “código” ou linguagem simbólica que permeia grande parte da literatura ocidental, e que, para entender completamente essa literatura, é essencial entender a Bíblia como um fenômeno literário e cultural. O livro é tanto uma análise da narrativa bíblica quanto uma exploração de sua influência em escritores subsequentes, demonstrando como a estrutura e os temas bíblicos se refletem em obras literárias ao longo dos séculos.

René Girard

René Guénon

O Reino da Quantidade e os Sinais dos Tempos

Nesta obra, Guénon critica profundamente a mentalidade moderna, especialmente sua ênfase na quantificação e no materialismo. Ele argumenta que o mundo moderno está em um estado de declínio espiritual, marcado por uma obsessão com o quantitativo em detrimento do qualitativo. O livro explora como a percepção tradicional do mundo foi substituída por uma visão materialista e como isso sinaliza uma era de decadência espiritual. Para Guénon, a modernidade representa o estágio final de um ciclo cósmico, precedendo uma renovação espiritual.

O Homem e seu Devir segundo o Vedanta

Neste trabalho, Guénon se aprofunda na filosofia do Vedanta, uma das seis escolas ortodoxas da filosofia hindu. Ele explora a natureza do self (Atman) e sua relação com o Absoluto (Brahman), bem como a ideia de Maya (ilusão) e a natureza da realidade. Guénon apresenta o Vedanta não apenas como uma filosofia, mas como uma expressão da sabedoria perene universal, mostrando como seus ensinamentos podem oferecer uma visão profunda da natureza humana e da realidade.

O Simbolismo da Cruz

A cruz é um dos símbolos mais universais e antigos, e em “O Simbolismo da Cruz”, Guénon explora suas múltiplas dimensões esotéricas e metafísicas. O livro não se limita ao contexto cristão, mas aborda o simbolismo da cruz em várias tradições espirituais ao redor do mundo. Guénon descreve a cruz como um símbolo do centro e do ponto de encontro entre o céu e a terra, enfatizando seu papel como um meio de transcendência e transformação espiritual.

Johan Huizinga

  • O Outono da Idade Média
  • Nas Sombras do Amanhã

Edmund Husserl

Muhyi-d-din Ibn ‘Arabi

Paul Johnson

Russel Kirk

  • Conferências na Heritage Foundation

Gottfried Wilhelm von Leibniz

Machado de Assis

Antonio Machado

Thomas Mann

Alessandro Manzoni

Julián Mariás

Henry Montaigu

  • A Coroa de Fogo

Malcolm Muggeridge

  • Memórias

John Henry Newman

José Ortega y Gasset

São Paulo Apóstolo

  • Epístolas

Igino Petrone

  • O Direito no Mundo do Espírito

Platão

Jean Racine

Miguel Reale

Eugen Rosenstock-Huessy

  • Revoluções Européias

Franz Rosenzweig

Max Scheler

  • O Formalismo na Ética e a Ética Material dos Valores
  • As Formas do Saber e a Cultura

Friedrich Wilhelm Joseph Schelling

  • Filosofia da Natureza
  • Filosofia da Mitologia
  • Filosofia da Revelação

William Shakespeare

Sri Shankaracharya

Georges Simenon

Vladimir Soloviev

  • Crise da Filosofia Ocidental
  • O Sentido do Amor

Stendhal

Léopoldo Szondi (Lipót Szondi)

  • A Análise do Destino

Tertuliano

São Tomás de Aquino

Eric Voegelin

Ludwig Von Mises

Jacob Wassermann

Max Weber

Éric Weil

William Butler Yeats

Xavier Zubiri

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11 Replies to “Os 125 livros que fizeram a cabeça de Olavo de Carvalho”

Max Felizardo

Essa lista está em sequência de leitura?

Silva

olavo dizia que a ordem está na cabeça e não na lista de leitura

Lohan Exugoi

Tenha acesso a algum destes e assim estará dando início à sua própria cronologia.

Gabriel Batista

Adorei seu site, meu amigo. Obrigado por fornecer essa lista, viu? Me será de grande valia dentro em breve!

Marcondes Franco

Se a sugestão é do grande professor Olavo de Carvalho, vale a pena ler. Obrigado e parabéns pelo trabalho.

José Paulo Peixér

Tem sido muito gratificante e alentador, assistir as aulas do Professor Olavo.

Thiago Nascimento

Faltou o Tolstói.

Tom Campus

Saudações, amigos, pois se em algum momento todos nós passamos por aqui, temos interesses comuns, portanto amigos podemos nos saudar, estudem, comecem, comecem hoje, vários desses títulos estão disponíveis em formato digital e gratuito… D’us abençoe ao nosso amado e saudoso Professor Olavo!

PAULO

MUITO BOM. PARABÉNS. Existe uma lista dos livros citados em todas as aulas do COF. Atualize sua biblioteca, que tal?

Robson Pereira

Em breve 🙂

Rodrigo Soroldoni

A VIDA INTELECTUAL
De: Antonin-Dalmace Sertillanges

Este livro já foi citado enfaticamente pelo professor Olavo, como sendo o livro que o lançou à vida intelectual. Acho que merece estar na lista.